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Geração Z: O retorno ao livro físico em um mundo digital

livro físico

A Geração Z nasceu totalmente conectada, mas tem surpreendido ao redescobrir o prazer do livro físico. Mesmo com a vida digital em constante expansão, o mercado literário brasileiro continua estável. Segundo a pesquisa Panorama do Consumo de Livros 2025 (CBL/Nielsen BookData), 56% dos leitores ainda preferem exclusivamente as edições impressas.

Esse movimento, portanto, levanta uma questão interessante: por que uma geração tão acostumada às telas está voltando a se encantar pelo papel? De acordo com especialistas, essa volta ao impresso é, em grande parte, uma reação ao excesso digital. Afinal, o livro físico oferece algo que as telas não conseguem reproduzir completamente — uma experiência sensorial e emocional mais profunda.

Fábio Carvalho, CRO da Printi, destaca que o contato com o papel desperta sentidos e cria um vínculo único com a obra. O cheiro das páginas, o toque da capa e o silêncio ao redor ajudam o leitor a mergulhar totalmente na história, sem distrações.

O retorno ao papel: uma resposta ao excesso digital

Ler um livro físico é uma forma de desacelerar. Longe das notificações e do brilho das telas, a leitura no papel estimula a concentração e alivia o cansaço visual. É quase como um momento de “detox digital”, que traz de volta o foco e o prazer de ler sem pressa.

De acordo com Rafaela Varella e Queren Hapuque, cofundadoras da HAPU, essa geração busca equilíbrio entre o online e o offline. O livro impresso se torna um refúgio afetivo, despertando a nostalgia de tempos mais simples e oferecendo conforto em meio ao ritmo acelerado da vida moderna.

Apesar do encanto pelo impresso, a praticidade do e-book não é ignorada. Ele permite carregar uma biblioteca inteira no bolso e acessar edições mais baratas e rápidas.

O que a Geração Z demonstra é flexibilidade. Ela transita com naturalidade entre o físico e o digital, escolhendo o formato que melhor se encaixa no momento. Para descobrir novas obras e compartilhar opiniões, usa a tecnologia. Para se aprofundar e vivenciar a história, prefere o papel.

No fim das contas, o mais importante não é o formato, e sim a experiência da leitura. O retorno ao livro físico mostra que, mesmo em um mundo hiperconectado, ainda existe espaço e necessidade para o toque, o silêncio e a imersão que só o papel oferece.

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