Conhecendo Sagaz Ducross
Não estamos aqui para mostrar o que vocês estão acostumados a ver, queremos que saibam que os artistas não são só os da TV. Existe bem mais do que pensam nesse mundo a fora, pessoas que não tem a oportunidade de mostrar o quanto são talentosas, pessoas que não tem a sua arte corrompida que carregam com si a verdade. Essa vai pra você que tem um sonho mais tem medo, que tem um talento e foi reprimido. O mundo é repleto de cantores dos bons que muitas das vezes não vão atrás ou não conseguem ser reconhecidos por todos por falta de recursos ou até mesmo por não tentar.
Rodrigo Viana, mais conhecido como Sagaz Ducross, 20 anos de idade, morador de São Paulo região da Zona sul no bairro: Parelheiros. É um cara trabalhador que acorda às 05:00 horas da manhã de Segunda a sábado e enfrenta essa rotina louca que qualquer trabalhador enfrenta nessa cidade, assim, como vocês, ele tem um sonho. O dele é viver de música .
LazCult: Quem te incentivou a cantar?
Sagaz Ducross: “Sempre amei o Rap desde pequeno e antes de conhecer os caras que me incentivaram a começar a escrever música, sendo eles o Gulliver e Peterson 011 integrantes do D-Pinot. Na época eu tinha 14 anos de idade, não tinha noção de nada, de como criar uma música,lembro que o Peterson 011 quase acabou com o meu sonho quando mostrei minha primeira música e ele disse que eu não tinha futuro. Mas como o amor pela música era maior que uma opinião eu continuei e sempre pedindo o auxilio dos dois, que são experientes nesse ramo.”
LazCult: Quais são suas influências?
Sagaz Ducross: “Criolo, Pentágono, Racionais Mcs, mas minha maior influência é o grupo D-Pinot.“
LazCult: O que a música é pra você?
Sagaz Ducross: “Música é minha vida, talvez se não fosse ela eu poderia estar em outros caminhos errados. Uma boa música é capaz de impedir um jovem de periferia de ir para a vida do crime, é capaz de fazer uma pessoa enxergar que TV é capaz de alienar uma pessoa, música é sentimento. Para mexer com ela tem que ter essência, pensar bem no que escrever, porque achando ou não aquela letra pode mudar a vida de um ouvinte pra melhor ou pra pior, depende do que você vai escrever.“
LazCult: Tem músicas de sua autoria, que mensagens você quer passar com elas?
Sagaz Ducross: “Tenho sim, os temas são variados, falam do que eu vivo, falam de amor de protesto e criticas do que acho ruim e etc.“
LazCult: Você tem um grupo?
Sagaz Ducross: “Eu sempre tive um grupo chamado Tematikos, só que hoje não é um grupo oficial e sim um coletivo que a gente chama de firma, onde a gente se uni para produzir e divulgar nossos projetos.”
LazCult: Já fez show? Como foi o primeiro?
Sagaz Ducross: “Meu primeiro show não foi praticamente um show, foi mais uma apresentação da escola onde eu estudei. Eu lembro que as minhas pernas tremiam, senti um frio na barriga, no dia eles tinham convidado o Ferrez e ele me chamou no palco para fazer uma rima, foi difícil!”
LazCult: Tem projetos futuros?
Sagaz Ducross: “Tenho sim, estou para lançar o meu primeiro Vídeo Clipe, que ainda não tem data de lançamento. O vídeo foi dirigido e editado pelo Pedro Gomes, que esta 90% pronto e no momento estou focando nesse projeto.”
Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=kOdLNZKIUhA&feature=youtube_gdata_player
LazCult: Na sua comunidade tem incentivo a arte?
Sagaz Ducross: “Quem incentiva somos nós mesmos que fazemos a arte, porque se for para falar de poder público, toda vez que a gente vai desenvolver um projeto que envolve a nossa arte, não sei o que acontece mas sempre tem barreiras da parte deles. Eu acho que é porque o Rap abre os olhos da sociedade e eles não querem que a sociedade enxergue a realidade. No último evento que fizemos, que dependia de uma licença do poder publico, chegou em mim a informação que eles barram os eventos porque interpretam o Rap como música de marginais de bandidos e ladrão. Mal sabem eles que somos trabalhadores de honestidade.”
LazCult: O que você tem a dizer pra galera que esta começando no meio musical?
Sagaz Ducross: “Humildade sempre, estudar bem a música, sempre ouvir a voz da experiência, ouvir mais do que falar, assim a evolução vem.“
Façam a história diferente, tomem outro rumo e façam seu próprio caminho. Ele poderia ter desistido mas não desistiu, ele poderia ter se acomodado mas não se acomodou. Aprenda com um pouco da trajetória da vida dele, pois não basta sonhar tem que acreditar e ir atrás.
Por: Bianca Willms
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