Seis obras que todo mundo deveria conhecer no Mês do Orgulho
Junho é O Mês do Orgulho LGBT+, e no dia 28 de junho é comemorado O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
Além de celebrar, a data também é um marco na luta por direitos, justiça social e políticas públicas para toda a sua população. É um dia de celebrar a resistência e ocupar espaços de direito.
Em comemoração, separamos 6 grandes obras em torno da temática LGBT+ que abordam o tema de diferentes formas e que realmente merecem atenção.
Pose – Ryan Murphy, Brad Falchuk e Steven Canals (série)
A série dramática entrou como um grande marco na história da televisão, contando com o maior elenco de atores LGBTQIA+. O drama explora os bailes e a cultura em Nova York no final da década de 1980 e destaca a vivência de pessoas trans negras e latinas dentro da comunidade. Com profunda sensibilidade, explora a realidade de uma comunidade marginalizada e suas lutas, abordando temas complexos como a epidemia de HIV/AIDS, a dificuldade financeira como uma grande barreira e o esforço por dignidade e pertencimento.
Carol – Patricia Highsmith (livro) / Todd Haynes (filme)
Baseado no livro O Preço do Sal, conta a história de um amor proibido entre duas mulheres na década de 1950. Uma época em que relações homoafetivas eram criminalizadas e até mesmo tratadas como patologia.
Embora adapte o livro, o filme difere em alguns aspectos, principalmente na forma como retrata o relacionamento e no desfecho da história, oferecendo um final mais esperançoso em comparação com a obra original.
A obra é delicada e emocional, um retrato de resistência e desejo por liberdade em meio à repressão.
Corpo Elétrico – Marcelo Caetano (filme)
Obra brasileira, ambientada em São Paulo, a história acompanha Elias, um jovem que migrou do Nordeste e que tenta equilibrar sua vida entre o trabalho e a vida social.
O longa se inspira em um poema e retrata como é explorar a sexualidade sem culpa, de forma livre, celebrando a resistência cotidiana da juventude LGBT+ brasileira.
Fun Home: Uma tragicomédia em família – Alison Bechdel (história em quadrinhos/graphic novel)
Uma obra autobiográfica, cheia de camadas e complexidades, que retrata a relação da autora lésbica com seu pai, que, sendo um homem gay, viveu por anos no armário.
Para além da relação familiar, a obra traz temas como repressão, identidade e aceitação de forma profunda e marcante.
Moonlight: Sob a Luz do Luar – Barry Jenkins (filme)
O drama vencedor do Oscar de Melhor Filme acompanha as fases da vida de Chiron. Um jovem negro e gay que cresce em um ambiente completamente hostil.
Ao longo da vida, Chiron tem que lidar com as marcas da pobreza, da violência e da falta emocional.
A obra retrata de forma poética e singela temas como masculinidade, vulnerabilidades e uma busca por identidade e pertencimento.
O Parque das Irmãs Magníficas – Camila Sosa Villada (livro – original Las Malas)
A autora argentina Camila Sosa, de forma poética e original, grita nesta obra por sobrevivência, ao mesmo tempo que denuncia toda a violência e a exclusão social das quais está inserida. Um romance impactante, que nos traz trechos que nos atravessa como: “Um ano travesti equivale a sete anos humanos.”
A obra, quase autobiográfica, é um manifesto de resistência travesti, que retrata a solidão, as dores compartilhadas, as violências sofridas e as delícias de ser.
Essas grandes obras são de reflexão sobre a importância da visibilidade, sobre escutar e acolher a comunidade LGBT+. Que sirvam como um lembrete de que a luta por igualdade e dignidade é coletiva. Que todos nós, independentemente de fazer parte da comunidade ou não, temos um papel nessa construção.
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