Ainda Estou Aqui vence Oscar 2025 em Melhor Filme Internacional
O Brasil fez história no Oscar 2025. O longa “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, venceu a categoria de Melhor Filme Internacional, se tornando o primeiro filme brasileiro a conquistar uma estatueta da Academia. A premiação aconteceu neste domingo (2), em Los Angeles.
O longa concorria com “Emilia Pérez” (França), “A Garota da Agulha” (Dinamarca), “A Semente do Fruto Sagrado” (Alemanha) e “Flow” (Letônia). Além disso, a categoria foi anunciada pela atriz Penélope Cruz, e a vitória de “Ainda Estou Aqui” confirmou as expectativas de críticos e analistas internacionais, que já apontavam o longa como favorito.
Discurso emocionante de Walter Salles
Ao subir ao palco para receber o prêmio, Walter Salles dedicou a estatueta a Eunice Paiva, que inspirou a história do filme, e às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. “Esse prêmio vai para uma mulher que, após uma perda imensurável sob um regime autoritário, escolheu resistir. O nome dela é Eunice Paiva”, declarou o diretor.
O impacto e história do filme
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” conta a história real de Eunice Paiva (Fernanda Torres). Ela é uma advogada e ativista que passou 40 anos buscando a verdade sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva (Selton Mello), vítima da ditadura militar brasileira.
Desde seu lançamento, o longa atraiu mais de 5 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros e arrecadou mais de R$ 159 milhões internacionalmente. A campanha para o Oscar mobilizou fãs e cineastas, consolidando a trajetória do filme nas premiações globais. Antes da vitória no Oscar, “Ainda Estou Aqui” já havia conquistado 38 prêmios, incluindo o Globo de Ouro e o Goya.
Outras indicações e expectativas
Além de Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” também concorreu nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz (Fernanda Torres), mas perdeu para “Anora” em ambas. Ainda assim, a conquista coloca o Brasil em um novo patamar no cenário cinematográfico mundial.
A vitória de “Ainda Estou Aqui” não apenas quebra um jejum histórico do cinema nacional no Oscar. Ela também reafirma a força das produções brasileiras no cenário internacional.
Compartilhe
Postar comentário