Dia da Doação de Livros: Incentivo ampliam acesso à leitura
Hoje, 14 de fevereiro, é celebrado o Dia Internacional da Doação de Livros. A data reforça a importância de compartilhar conhecimento com quem enfrenta dificuldades no acesso à leitura. No Brasil, a desigualdade educacional, social e racial reflete diretamente na formação de novos leitores.
A pesquisa “Retratos da Leitura”, divulgada em 2024, aponta que o país perdeu cerca de 6,7 milhões de leitores nos últimos anos. Além disso, entre os fatores que dificultam o acesso estão o alto custo dos livros, que tiveram um aumento de 12,8% no início de 2024, segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), e a falta de livrarias em muitas cidades brasileiras.
Leis de incentivo ampliam distribuição de livros
As leis de incentivo à educação permitem que empresas e pessoas físicas destinem parte dos seus impostos para projetos culturais. Por isso, para Vanessa Pires, CEO da Brada, startup voltada para investimentos de impacto positivo, essas iniciativas são fundamentais para democratizar a leitura. “Por meio desses projetos, é possível distribuir livros em escolas, comunidades afastadas ou criar bibliotecas comunitárias”, explica.
Entre as leis que permitem essa destinação, destacam-se a Lei Rouanet (Lei 8.313/91), que possibilita patrocínios culturais com abatimento fiscal. Da mesma forma, a Lei do Livro (Lei 10.753/2003) fomenta programas para ampliar o acesso à leitura, enquanto o Fundo Nacional de Cultura (FNC) direciona recursos para doação de livros em escolas e bibliotecas.
Iniciativas para estimular a leitura
Programas de leitura e bibliotecas comunitárias também incentivam a doação de livros, pois dependem desses repasses para renovar seus acervos. Segundo especialistas, garantir o acesso aos livros desde a infância é essencial para o desenvolvimento da alfabetização, inteligência emocional e criatividade.
Outras iniciativas, como o Fundo da Infância e da Adolescência (FIA) e os Fundos do Idoso, também permitem que doações via Imposto de Renda financiem projetos que incluem a distribuição de livros. Além disso, alguns estados e municípios possuem leis próprias de incentivo, ampliando ainda mais as possibilidades de financiamento para esses projetos.
Para Vanessa, incentivar a leitura é um passo fundamental para reduzir desigualdades. “A educação não pode ser privilégio de poucos. Os livros têm o poder de transformar a sociedade e mudar destinos”, conclui.
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