A reinvenção da “penitenciária dos famosos”
Na última sexta-feira (31), a Prime Video lançou Tremembé, inspirada nos casos reais de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Alexandre Nardoni, a série mergulha na rotina da penitenciária feminina mais midiática do país e conhecida como “a prisão dos famosos”.
Tremembé se apresenta como ficção, mas claramente se alimenta de fatos. O roteiro se apoia no livro do jornalista Ulisses Campbell, que utilizou autos de processos, depoimentos públicos e documentos do Ministério Público. Esse cuidado dá à trama um ar de veracidade que poucos dramas brasileiros recentes conseguiram alcançar.
Marina Ruy Barbosa no papel mais controverso da carreira
Marina Ruy Barbosa assume um desafio arriscado ao interpretar uma personagem inspirada em Suzane von Richthofen. Sua atuação é meticulosa, marcada por um olhar frio e calculado que sustenta o desconforto do espectador.
Embora a comparação com Carla Diaz, que viveu Suzane em outros três filmes, seja inevitável, Marina entrega algo distinto: uma Suzane menos caricata e mais introspectiva. A atriz encontra o equilíbrio entre a empatia e o repúdio, o que dá profundidade à trama.
Ao lado dela, Bianca Comparato e Felipe Simas também se destacam. O trio tem química e ajuda a sustentar a tensão da série, que alterna entre o drama psicológico e o suspense quase documental.
Para fãs de true crime, uma experiência envolvente
Como fã de true crime, ver Tremembé é revisitar casos que já habitavam o imaginário coletivo, mas sob uma nova lente. A série acerta ao reconstruir cenas conhecidas de maneira realista, o que desperta a sensação de estar assistindo algo familiar, porém reimaginado.
Tremembé é uma obra que vai dividir opiniões e é exatamente por isso que merece ser vista. A série provoca, incomoda e desperta debates sobre moralidade, mídia e justiça. Para quem acompanha histórias criminais com olhar crítico, é um prato cheio.
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